por: ivaldo fernandes
Na terra de um rio tão vasto,
Chamado o Paraíba imenso,
Seu nome gera um debate,
O sentido é controverso.
Seria braço de mar largo,
Ou porto mau, rio denso?
Os índios naquelas margens
Viviam em comunhão,
Mas os franceses chegaram
Trazendo a exploração.
Com pau-brasil negociado,
Mudou-se a população.
No ano de mil quinhentos,
Setenta e quatro, então,
Os índios foram instigados
A combater com paixão.
Atacaram engenhos firmes,
Trouxeram grande aflição.
Portugal viu o perigo,
Com os franceses a avançar,
E enviou Martim Leitão
Pra ordem restabelecer.
Restaurou fortes na foz,
Fez os franceses ceder.
João Tavares, com astúcia,
Entre tribos se alocou,
Firmou pacto com Piragibe,
E a amizade ali brotou.
Na colina do Sanhauá,
A cidade começou.
Nossa Senhora das Neves,
Foi o nome dado ao local.
Depois, chamou-se Felipéia,
Por domínio colonial.
Mais tarde, Paraíba teve
Seu nome em registro oficial.
Com o tempo, lutas surgiram
Contra índios e invasores,
Tapuias e Potiguares
Resistiam aos senhores.
Mas a cidade crescia
Entre esforços e labores.
No ano mil seiscentos,
Trinta e quatro, a invasão,
Os holandeses tomaram
Frederikstadt em ação.
O povo incendiou tudo,
Com coragem e decisão.
André Vidal de Negreiros,
Com bravura organizou,
A luta pela liberdade
Que o invasor derrotou.
E em mil seiscentos cinquenta e quatro,
Portugal ali voltou.
Séculos após os feitos,
No Recife, João tombou.
Seu nome à capital ficou,
O estado assim o honrou.
A Revolução de Outubro,
Dali também despontou.
Hoje João Pessoa brilha,
Entre praias e história mil.
Sua força e resistência
Mostram o espírito viril.
O Paraíba é memória,
De um Brasil heroico e gentil.
Fonte: João Pessoa (PB). Prefeitura. 2010.
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