Os servos vigilantes (Marcos 13:33-37)

Ivaldo Fernandes
Olhai, vigiai e orai,
Pois o tempo há de chegar.
Não sabeis quando será,
O Senhor vos há de chamar.
Se na tarde, ou madrugada,
Deveis sempre vigiar.

Assim como o homem que parte,
Deixa sua casa aos seus,
Dá poder aos seus servos,
E a cada um seu papel.
Ao porteiro diz: “Vigiai,
Pois não sabes o que virá do céu.”

Ele parte sem dizer
O momento em que voltará.
Mas a casa é sua herança,
E o dono a reclamará.
Cada servo deve estar pronto,
Pois o senhor logo chegará.

Se à tarde ele vier,
Ou na noite em escuridão,
Ou no cantar do galo,
Ou na luz da manhã então,
Ninguém sabe o momento,
É preciso preparação.

A vigilância é constante,
O trabalho a continuar,
Para que, quando ele volte,
Os ache a laborar.
Pois se vier de surpresa,
E os achar sem trabalhar?

Ai daquele que dorme
Quando o senhor regressar.
Sua falta será vista,
Seu descanso, a ociosidade.
Não há tempo para o sono,
Mas para o servir com verdade.

O Senhor do tempo avisa,
Com palavras de valor:
"Vigiai, pois não sabeis
O dia do meu retorno.
Aquele que se prepara
Receberá o galardão.

Mas o que se descuida,
Que dorme sem atenção,
Há de perder o prêmio,
E sua obra será em vão."
Assim, Jesus nos fala,
Com amor e exortação.

Não é só uma história,
Que a poucos foi falada,
Mas a todos diz o Mestre,
Que fiquem sempre alertados.
Pois o Reino está chegando,
E o tempo não é esperado.

Olhai, pois, vossos caminhos,
E andai com retidão.
Pois a volta do Senhor
Será como ladrão.
Ninguém sabe a hora certa,
Nem sequer o coração.

A vigilância é o chamado
A todo aquele que crê.
Pois o Senhor nos entregou
Obras a realizar e viver.
Cada servo tem seu papel,
E a missão deve entender.

A um, Ele dá autoridade,
A outro, o dom de ensinar.
A uns, o cuidado dos irmãos,
A outros, o de pastorear.
Cada um tem sua obra,
Para que possa se preparar.

Mas o que importa, enfim,
É o espírito vigilante.
Não há obra que sustente
O servo que é vacilante.
Pois o Senhor quer o fiel,
Aquele que é constante.

Vigiai no dia a dia,
Com a oração em mão,
Pois o inimigo espreita
E tenta a distração.
Mas quem vigia em Cristo
Terá firme o coração.

A tarde pode ser calma,
A noite um descanso traz,
Mas o servo verdadeiro
Sempre está em paz.
Pois espera o seu Senhor,
Com a alma a vigiar.

E quando o galo cantar,
Ou a aurora despontar,
Se o Senhor voltar à casa,
Pronto Ele vai encontrar
Aqueles que não dormiram
E que souberam vigiar.

A parábola nos ensina
Que o tempo é incerto aqui.
Não sabemos quando vem
O final ou o porvir.
Mas quem vive com prudência
Sabe que o Senhor há de vir.

Por isso, amigo, escuta:
Vigiai com devoção.
Não deixai que o tempo passe
Sem dar frutos com paixão.
O Senhor está voltando,
E Ele espera ação.

Como o porteiro que guarda
A porta sem descansar,
Deves sempre estar atento,
Para quando o Mestre chamar.
Pois o Reino está próximo,
E Cristo há de voltar.

O que vos digo, disse Ele,
Digo a todos: vigiai.
Não importa a condição,
A palavra é universal.
Todos têm de estar prontos,
Para o chamado final.

E quando o Mestre chegar,
Aos seus servos encontrará,
Aqueles que vigiaram,
A recompensa há de dar.
Mas quem foi negligente,
De mãos vazias ficará.

Assim, meus irmãos queridos,
Vigiemos sem cessar.
Com o coração sempre alerta,
E na fé a caminhar.
Pois o Senhor é fiel,
E logo virá nos salvar.
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