por: Ivaldo Fernandes
Na Copa de oitenta e dois,
O Brasil foi encantar,
Com um time magistral,
Que sabia como jogar,
No campo era poesia,
Fez o mundo se admirar.
Telê Santana no comando,
Era o técnico de classe,
Com seu estilo ofensivo,
Que ao mundo causou impasse,
Um futebol de beleza,
Arte em cada passe.
Zico, o craque do Flamengo,
No meio era o maestro,
Com dribles e inteligência,
Deixava o time completo,
Chutava com precisão,
Era craque predileto.
Sócrates, o doutor em campo,
Liderava com firmeza,
Com passes cheios de arte,
Mostrava sua destreza,
E nas jogadas geniais,
Exalava a realeza.
Falcão, Paulo, o elegante,
Com visão extraordinária,
No meio-campo brilhava,
Sua bola imaginária,
Dominava com classe,
Era pura maestria diária.
No ataque, Éder surgia,
Com chutes de longa distância,
Suas bombas perigosas,
Davam medo à vigilância,
E Reinaldo e Serginho,
Trazendo sua constância.
Na primeira fase então,
O Brasil só foi brilhar,
Venceu a União Soviética,
Com esforço a superar,
Escócia e Nova Zelândia,
Fizeram o Brasil voar.
A seleção canarinho,
Era pura inspiração,
Cada toque na bola,
Fazia brotar emoção,
Nos pés de nossos craques,
Vivia o sonho e a paixão.
Na segunda fase, o grupo,
Foi posto à prova dura,
Contra a Argentina, brilharam,
Vencemos com galhardia pura,
Zico e Falcão mostraram,
A verdadeira estrutura.
Mas o destino reservou,
Um duelo monumental,
Contra a forte Itália,
Com jogo essencial,
Aquele três de julho,
Ficou marcado no final.
Paolo Rossi, o carrasco,
Fez o Brasil sofrer,
Com três gols inesperados,
A taça viu-se a perder,
Mesmo com Sócrates e Falcão,
A luta não pôde vencer.
O Brasil jogou com alma,
Com talento e com fé,
Mas o destino cruel,
Mudou o rumo de pé,
O sonho da Jules Rimet,
Desapareceu como maré.
O futebol brasileiro,
Mesmo na derrota forte,
Saiu aplaudido em campo,
Pois mostrou a sua sorte,
De ser arte verdadeira,
Um tesouro de grande porte.
Telê Santana sofreu,
Mas aplaudido ficou,
Pois criou um time imortal,
Que o mundo todo admirou,
Aquela seleção marcou,
O futebol que encantou.
Nas ruas do Brasil,
O povo ainda sonhava,
Pois aquele futebol,
De emoção transbordava,
Mesmo sem o título em mãos,
A paixão continuava.
A Copa de oitenta e dois,
Não nos trouxe o troféu,
Mas deixou na história,
Um brilho doce como o céu,
O Brasil foi o campeão,
Da alma, do sonho fiel.
Aquele time, até hoje,
É lembrado com amor,
Pelos passes, pelas jogadas,
E pelo brilho maior,
Que mostrou ao mundo inteiro,
Que o Brasil é sedutor.
A beleza do futebol,
Que Telê nos ensinou,
Era feita de coragem,
De quem nunca desistiu,
Mesmo sem vencer o jogo,
O Brasil ali sorriu.
E Zico, nosso grande craque,
Sócrates, sempre brilhante,
Falcão, Éder e Cerezo,
Foram lendas nesse instante,
A camisa verde e amarela,
Seguiu com um brilho constante.
O time de oitenta e dois,
É símbolo de perfeição,
Mesmo sem a taça em mãos,
Fez brilhar o coração,
Pois jogou com alegria,
E encantou toda nação.
Nascia ali o futebol,
De puro toque e magia,
Que até hoje é lembrado,
Como a mais doce poesia,
E o Brasil, com sua arte,
Brilhou de forma sombria.
A Copa do mundo seguiu,
Mas o Brasil deixou marca,
Com aquele futebol lindo,
Que pra sempre a gente embarca,
No sonho de que um dia,
O Brasil de novo ataca.
A memória da derrota,
Não apaga o que ficou,
Um time de grandes homens,
Que no campo se doou,
E o futebol, como arte,
Para sempre nos mostrou.
A Copa de oitenta e dois,
É capítulo de paixão,
Fez o mundo nos aplaudir,
Mesmo sem ser campeão,
E o Brasil, na sua história,
Guardou essa emoção.
No fim, o futebol é isso,
Feito de brilho e emoção,
Às vezes o troféu foge,
Mas fica a celebração,
De que jogamos com alma,
E tocamos o coração.
O time de oitenta e dois,
Nunca será esquecido,
Pois com passes e jogadas,
Deixou o mundo rendido,
E o Brasil, gigante sempre,
Continua seu ciclo lindo.
E assim seguimos fortes,
De cabeça erguida, afinal,
Pois o futebol no Brasil,
É mais que um bem cultural,
É paixão que não acaba,
É expressão universal.