por: Ivaldo Fernandes
Na Copa de setenta e quatro,
O Brasil foi disputar,
Com história já marcada,
Esperava mais brilhar,
Porém, o destino trouxe,
Momentos de questionar.
Após o tricampeonato,
De Pelé e da nação,
O time sem sua estrela,
Tinha outra formação,
Com Clodoaldo e Rivellino,
Seguindo nova missão.
Zagallo, o treinador,
Guiava nossa jornada,
Com esperança no peito,
De uma nova empreitada,
Mas a glória dos antigos,
Parecia mais pesada.
O grupo estava disposto,
A mostrar que podia mais,
Mas o mundo estava forte,
Com rivais descomunais,
A Alemanha e a Holanda,
Tinham planos principais.
No ataque veio Jairzinho,
Com seu fôlego de leão,
Rivellino, o garçom,
E Paulo César, então,
Buscavam na união,
Fazer nova geração.
A defesa, com Luís Pereira,
E Marinho Chagas forte,
Tinha no campo a firmeza,
Para lutar pela sorte,
Com Leão no gol valente,
A tentar segurar o norte.
Na primeira fase fomos,
Vencendo como de lei,
Zaire, um adversário,
Que o Brasil logo venceu,
E a Escócia não foi fácil,
Mas o empate prevaleceu.
Na fase seguinte então,
O desafio aumentou,
Argentina e Holanda,
O Brasil enfrentou,
A laranja era mecânica,
E o sonho desmoronou.
A Holanda, de Cruyff brilhante,
Mostrou todo seu poder,
Com futebol envolvente,
Fez o mundo estremecer,
E o Brasil, que era lenda,
Não conseguiu mais vencer.
Nas semis, a Alemanha,
Também veio a nos frustrar,
Derrota no placar seco,
Que fez o Brasil chorar,
A esperança de outro título,
Não se pôde realizar.
Mas o que restou foi luta,
E o time foi lutar bem,
Na disputa de terceiro,
Para honrar seu próprio além,
Mas a Polônia surpreendeu,
E venceu o nosso bem.
O quarto lugar foi triste,
Mas valeu por batalhar,
O Brasil continuava,
Com talento a jogar,
E a torcida fiel sempre,
Nunca deixaria de amar.
A seleção não ganhou,
Mas trouxe lições importantes,
O futebol é cíclico,
Com momentos desafiantes,
E a camisa canarinho,
Continua a ter brilhantes.
O povo viu com tristeza,
Mas também com esperança,
Que o futuro do Brasil,
Não seria só lembrança,
Novos craques surgiriam,
Com talento e confiança.
A Copa de setenta e quatro,
Foi marco para aprender,
Que a glória nem sempre vem,
Com o que podemos prever,
Mas o Brasil, sempre forte,
Não deixou de crescer.
Do meio-campo com Gerson,
Rivellino a comandar,
O time tinha magia,
Mas faltou o acelerar,
E a bola que encantava,
Teimava em não se consagrar.
A história desse torneio,
Trouxe momentos de dor,
Mas também nos preparou,
Pra buscar outro valor,
Que o futebol brasileiro,
É sempre cheio de amor.
Se não veio a grande taça,
De volta pra nossa mão,
O orgulho segue firme,
De um povo, uma nação,
Que vê no futebol arte,
Sua maior expressão.
Quarenta e quatro anos,
Depois da grande vitória,
O Brasil ainda luta,
Para reescrever a história,
E mostrar que a esperança,
É sempre uma trajetória.
Assim foi nossa jornada,
Na Copa de setenta e quatro,
Um time cheio de sonhos,
Que no campo lutou tanto,
Mas que saiu sem a glória,
Com a alma em desencanto.
Ainda assim, a camisa,
Verde e amarela brilha,
Porque o Brasil é grande,
E o mundo sempre vigia,
Sabendo que o talento,
Nasce aqui todo dia.
E as copas que se seguiram,
Trouxeram novo alento,
De que o futebol é força,
Paixão, fé e sentimento,
E que o Brasil, sempre forte,
Levanta em cada momento.
Fim de uma campanha dura,
Mas não o fim da paixão,
O Brasil, gigante sempre,
Carrega no coração,
O desejo de vencer,
Com força e superação.