por: Ivaldo Fernandes
Em mil novecentos e seis,
Sessenta e seis começou,
A Copa era na Inglaterra,
Onde o futebol brotou.
O Brasil, já bi-campeão,
A taça novamente almejou.
Com dois títulos seguidos,
Sessenta e dois, cinquenta e oito,
O Brasil chegou confiante,
Coração cheio de afoito.
Mas a jornada seria
Um grande e duro confronto.
A seleção entrou forte,
Com Pelé e seu valor,
Garrincha lá no ataque,
E o povo com fervor.
Mas a história se mostrou
Com um destino de dor.
O primeiro jogo foi bom,
Contra a Bulgária venceu,
Dois a zero no placar,
O Brasil se defendeu.
Pelé e Garrincha marcaram,
E o time se manteve em pé.
Mas logo no próximo duelo,
Contra a Hungria veio o fim,
Um três a um no placar,
Deixou tudo tão ruim.
O Brasil parecia perdido,
Sem saber qual era o fim.
O time estava confuso,
Com mudanças repentinas,
Sem a força do passado,
Caminhava em linhas finas.
A estratégia se perdeu,
Em decisões clandestinas.
E então veio Portugal,
No jogo mais decisivo,
Mas o Brasil foi vencido,
O placar foi dolorido.
Três a um o resultado,
E o sonho foi partido.
Pelé sofreu na partida,
Apanhou sem compaixão,
Os portugueses marcaram
Sua força na contenção.
Nosso Rei saiu machucado,
Sem poder fazer a ação.
E Garrincha, nosso herói,
No campo não mais brilhou,
Sem os dribles de outrora,
Sua luz se apagou.
A seleção parecia
Perder tudo o que restou.
A eliminação foi certa,
E o Brasil se despediu,
Logo na fase de grupos,
Nosso time sucumbiu.
A taça Jules Rimet
Dessa vez não reluziu.
A Inglaterra, por fim,
Levantou a taça de ouro,
Mas o Brasil na derrota
Ficou sem brilho e tesouro.
A nação sentiu o peso
De um torneio tão amargo e duro.
Essa Copa foi marcada
Por uma grande frustração,
O time que era gigante
Caiu sem consolação.
Mas a história continua,
Com fé e renovação.
A derrota em sessenta e seis
Fez o Brasil repensar,
Mudanças no futebol,
Precisamos reformar.
E dali surgiria a base
De um futuro a conquistar.
Foi o fim de uma era,
De Pelé e Garrincha unidos,
Mas o Brasil, na essência,
Nunca fica destruído.
A derrota só reforça
O espírito destemido.
A seleção se ergueria
Nos anos que viriam a seguir,
Com novos talentos prontos
Para o mundo redescobrir.
E o Brasil, sempre forte,
Voltaria a sorrir.
Sessenta e seis foi lição,
De que a glória tem caminho,
E o futebol, como a vida,
Exige força e carinho.
Mesmo nas duras derrotas,
O Brasil segue sozinho.
Cada chute, cada drible,
É parte da nossa história,
E o Brasil, no campo verde,
Tem sua eterna memória.
Ainda que haja tropeço,
A volta é sempre vitória.
A nação se uniu de novo,
Pra reerguer sua paixão,
O futebol brasileiro
É mais que uma tradição.
Mesmo na dor do fracasso,
Há sempre uma renovação.
E assim a história se conta
Do Brasil naquela vez,
Que na Copa de sessenta
E seis, sofreu a escassez.
Mas logo voltaria
A viver sua altivez.
No futebol, como na vida,
Sempre há um recomeçar,
E o Brasil, que é gigante,
Nunca deixa de lutar.
A derrota é só o passo
Pra mais uma Copa ganhar.
Essa Copa nos mostrou
Que o caminho é incerto,
Mas o Brasil, em sua alma,
Sempre busca o rumo certo.
E nos campos do futuro,
Nosso brilho é sempre aberto.
Assim termina o cordel
Sobre o Brasil de outrora,
Que em sessenta e seis lutou,
Mas não venceu naquela hora.
Mas no fundo de cada queda,
Há um novo dia que aflora.
E o Brasil, com seu futebol,
Sempre vai nos inspirar,
Pois nos pés de seus atletas,
A bola nunca vai parar.
E a Copa é só um passo
Para mais vitórias alcançar.