por: Ivaldo Fernandes
Em mil novecentos e seis,
Dois, foi ano de alegria,
A Copa no Chile ardente
Seria nossa magia.
O Brasil, já campeão,
Buscava mais uma via.
Com o título recente,
De cinquenta e oito herdado,
A seleção foi ao campo
Com o sonho renovado.
A taça Jules Rimet
Já era nosso legado.
Com Pelé, o rei menino,
E Garrincha a driblar,
O Brasil entrou confiante
No campo para ganhar.
A bandeira verde e amarela
Começava a brilhar.
No primeiro embate firme,
Contra o México jogou,
Foi dois a zero no fim,
E a vitória festejou.
Pelé marcou um golaço,
E Zagallo completou.
Contra a Tchecoslováquia,
O empate foi o final,
Mas a torcida sabia,
Nosso time era fatal.
Pelé se lesionou,
Mas o Brasil foi leal.
Sem o Rei em nossa linha,
Muitos pensaram o fim,
Mas Garrincha se ergueu
Com um brilho sem igual.
Nas quartas de final,
Foi decisivo, enfim.
O Chile, país anfitrião,
Caiu diante do craque,
Garrincha e Vavá brilharam,
Com o povo em destaque.
Foi quatro a dois no jogo,
O Brasil seguiu intacte.
Na semifinal, então,
O desafio chegou,
Contra a seleção inglesa,
Que o Brasil enfrentou.
Garrincha, mais uma vez,
Com dois gols nos encantou.
A vitória veio forte,
Três a um no resultado,
E o Brasil na final,
Novamente consagrado.
Com Vavá e Garrincha,
O título estava traçado.
Na grande final, então,
Veio a Tchecoslováquia,
Mas o Brasil, determinado,
Fez a vitória ser mágica.
Foi três a um no placar,
Com a torcida extática.
Mas o jogo começou
Com o rival a marcar,
Mas Amarildo empatou,
E o time foi avançar.
Zito fez o segundo gol,
E o Brasil foi dominar.
Vavá fechou o placar,
O terceiro a consagrar,
O Brasil campeão foi,
Com o povo a comemorar.
A segunda Jules Rimet
Nos braços foi levantar.
Garrincha, o grande herói,
Com seus dribles geniais,
Levou o Brasil à glória
Nos campos e nos jornais.
Seu nome ficou gravado
Entre os mestres imortais.
E Vavá, o grande artilheiro,
Com seus gols tão decisivos,
Foi o símbolo de força,
Entre os mais combativos.
Zito, o capitão valente,
Foi dos nossos, o altivo.
A taça mais uma vez
Foi erguida pelo Brasil,
Sob o sol do Chile ardente,
Nosso time foi viril.
O mundo viu a força
Do futebol juvenil.
Esse título, tão grande,
Fez o Brasil confirmar
Que sua paixão na bola
Nunca iria se apagar.
Somos reis do futebol,
Com a vitória a brilhar.
O Chile viu nosso orgulho,
Nossa força e tradição,
Pois o Brasil na batalha
Lutou com o coração.
E o futebol, poesia,
Foi nossa consagração.
Essa Copa foi marcada
Por um time genial,
Que sem Pelé em campo,
Mostrou ser fenomenal.
Garrincha, Zito e Vavá
Fizeram o final triunfal.
Cada drible e cada gol
Ficaram na memória,
A seleção brasileira
Construía sua história.
O Brasil já gigante,
Consolidava a vitória.
Com dois títulos seguidos,
Em 58 e 62,
O Brasil se tornou lenda
Nos campos de norte a sul.
E o futebol corria
Como sangue no azul.
Essa Copa eternizou
Garrincha no coração,
O anjo das pernas tortas
Virou pura perfeição.
E a taça que se ergueu
Mostrou nossa devoção.
De mil novecentos e dois,
A seis, essa caminhada,
Foi de glória e de força,
Por um time iluminada.
O Brasil, sempre gigante,
Foi uma nação consagrada.
O futebol brasileiro
Virou arte mundial,
Nos campos do Chile ardente
Nossa história sem igual.
Cada passo, cada lance,
Foi pura arte vital.
Hoje, lembramos com orgulho
Dessa grande conquista,
A Copa de sessenta e dois
Gravou-se na nossa lista.
E o Brasil, mais uma vez,
Mostrou ser o que conquista.
Esse é o cordel que conta
Do Brasil e sua missão,
Que no Chile foi ao campo
Com coragem e paixão.
E o mundo reconheceu
Nossa eterna tradição.
A taça Jules Rimet
Nos braços foi levantada,
E o Brasil se eternizou
Nessa Copa tão sonhada.
Com Garrincha e Vavá,
Nossa pátria foi amada.
E assim o verso termina,
Sobre a Copa de outrora,
Onde o Brasil se firmou,
Mostrando a sua glória.
E a nossa história no campo
Brilha sempre, sem demora.