por: Ivaldo Fernandes
Em mil novecentos e cinco,
Oito, o ano foi marcado,
O Brasil entrou em campo,
Com seu sonho desenhado,
Levando as cores da pátria,
Num coração apaixonado.
Na Suécia foi a disputa,
O palco da grande glória,
O Brasil queria a taça,
Para mudar sua história,
E transformar a derrota,
Em uma imensa vitória.
Com Didi e Garrincha em campo,
E Pelé, jovem menino,
O time entrou para a guerra,
Num destino cristalino.
O país torcendo forte,
Vibrava com seu destino.
O primeiro jogo veio,
A Áustria no caminho,
Foi três a zero no placar,
O Brasil brilhou sozinho.
Com Mazzola a marcar,
Mostramos nosso carinho.
Depois veio a Inglaterra,
No empate persistente,
Zero a zero no final,
O time seguiu valente.
Mas a esperança crescia
No povo tão confidente.
A União Soviética,
Foi o próximo oponente,
Garrincha e Pelé brilharam,
Com um futebol ardente.
Dois a zero no placar,
E o Brasil tão insistente.
Nas quartas, o desafio,
Veio o País de Gales,
Pelé marcou um golaço,
Nos deu alegria às talhas.
Um a zero foi o fim,
Seguimos firmes nas malhas.
Na semifinal chegou
A França, que nos temia,
Mas o Brasil foi gigante,
Brilhando com maestria.
Cinco a dois no resultado,
Já se via a alegria.
Pelé marcou três de vez,
E Didi foi o maestro,
O Brasil caminhava
Rumo ao final do enredo.
A final estava à vista,
O sonho estava completo.
E então veio o grande dia,
Na final tão esperada,
Contra a Suécia, dona
Da casa, tão animada.
Mas o Brasil com coragem
Entrou firme na jornada.
Logo o jogo começou,
Com a Suécia a marcar,
Mas o Brasil respondeu,
Fez um show de encantar.
Vavá marcou logo dois,
Começamos a brilhar.
Pelé, com sua magia,
Fez um gol inesquecível,
Deu um chapéu no rival,
Num lance tão admirável.
Com Zagallo completando,
O jogo estava incrível.
A Suécia descontou,
Mas o placar foi fechado,
Cinco a dois no final,
E o Brasil consagrado.
A taça de campeão
Pelos céus foi levantado.
O povo em festa explodia,
A nação comemorava,
Nas ruas, cores vibrantes,
Todo o Brasil celebrava.
O sonho de ser campeão,
Finalmente se concretizava.
Pelé, o jovem prodígio,
Aos dezessete encantou,
Com seis gols no torneio,
A história ele marcou.
E o mundo conheceu o rei,
Que no campo reinou.
Didi foi o nosso líder,
Garrincha, o gênio ousado,
Com seus dribles encantava,
Deixando o rival parado.
E Gilmar, nosso guardião,
Fez o time abençoado.
A taça Jules Rimet,
Nas mãos do nosso Brasil,
Foi erguida com orgulho,
Sob um céu azul anil.
E a Suécia foi o palco
Do triunfo varonil.
Essa Copa foi um marco,
De um Brasil a despontar,
Como a potência do futebol,
Que sempre vai brilhar.
E o mundo conheceu ali
Nosso dom de encantar.
E assim segue a história
Do Brasil na sua sina,
Cada Copa é uma glória,
Que à nossa alma ilumina.
E o futebol se torna
Nossa arte mais divina.
De mil novecentos e oito,
Cinquenta e oito o legado,
O Brasil virou gigante,
Com seu futebol dourado.
E a Suécia viu nascer
Um país eternizado.
Esse verso aqui termina,
Mas o Brasil sempre avança,
Porque no campo e na vida,
Nunca perde a esperança.
E com a bola nos pés,
Segue firme na aliança.
O Brasil campeão foi,
E sua história cresceu,
A taça no coração,
O mundo todo a rever.
E no campo da vitória,
Nosso orgulho floresceu.
Essa é a história escrita,
De um Brasil a consagrar,
Que na Copa de cinquenta,
E oito, foi reinar.
Mostrando ao mundo inteiro,
Que nunca vai descansar.