A Copa do mundo em 1942

Ivaldo Fernandes
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tanque de guerra simbolizando a A Copa do mundo em 1942
por: Ivaldo Fernandes

Em quarenta e dois, sem festa,
A Copa não aconteceu,
O mundo vivia guerra,
E o futebol se perdeu.
O sonho ficou suspenso,
E o Brasil não apareceu.


A Europa em grande conflito,
Seus campos manchados de dor,
O esporte que une povos,
Não teve o seu esplendor.
O Brasil guardou na espera,
O futebol sem calor.


As nações estavam tristes,
Com soldados no combate,
A bola não mais rolava,
E a guerra tomou o debate.
Mas no peito do brasileiro,
A esperança foi embate.


O Brasil que preparava,
Seu talento pra brilhar,
Viu-se preso na saudade,
De uma taça a conquistar.
Mas o tempo foi cruel,
Fez a guerra dominar.


Leônidas, o Diamante,
Ainda era inspiração,
Mas o mundo estava em chamas,
E o futebol sem ação.
O Brasil ficou parado,
Sem lutar pela nação.


No campo que antes via,
Os dribles e as jogadas,
Agora só restavam ecos,
De bombas e disparadas.
O futebol sucumbia,
Às batalhas disparadas.


O Brasil, que era forte,
Sonhava com o gramado,
Mas o campo virou palco,
De um mundo bem castigado.
A taça ficou distante,
E o futuro, adiado.


Os craques que preparavam,
Seus pés pra dominar,
A bola que não chegou,
Só restou esperar.
Pois a guerra consumia,
O sonho de conquistar.


Se a Copa não foi jogada,
O futebol não morreu,
O Brasil guardou a chama,
Que em 50 renasceu.
A espera foi sofrida,
Mas o sonho se ergueu.


Nos campos do pensamento,
A bola ainda rolava,
O Brasil com seus talentos,
No futuro se preparava.
O mundo teria paz,
E a Copa retornava.


Cada canto, cada rua,
O povo ainda cantava,
O futebol no Brasil,
Mesmo em guerra, vibrava.
Era o esporte da alma,
Que o coração encantava.


O país que resistia,
Aos ventos da aflição,
Sonhava em levantar a taça,
Com orgulho e devoção.
Mesmo sem Copa em quarenta,
Guardava sua missão.


Os nomes de seus heróis,
Ecoavam nas cidades,
Leônidas e seus pares,
Alimentavam vontades.
O Brasil sabia bem,
Que viria as novidades.


Se a bola não rolou,
A paixão não apagou,
O futebol foi guardado,
E a história continuou.
Com esperança no peito,
O Brasil se preparou.


Em cada conversa ou bar,
Falava-se do que viria,
Quando a guerra se acalmasse,
A bola então surgiria.
O Brasil aguardava o fim,
De tanta agonia.


O futebol era o elo,
Que a paz poderia trazer,
E o Brasil, com sua arte,
Estava a renascer.
Mesmo longe dos gramados,
Preparava o seu viver.


O tempo foi se passando,
E o mundo a se curar,
A guerra ia perdendo,
A força de machucar.
E o Brasil, no horizonte,
Já sonhava em jogar.


Se a guerra foi tormento,
A esperança resistiu,
O Brasil, com seu talento,
Do caos se redimiu.
Pois no coração de um povo,
O futebol nunca sumiu.


O destino foi traçado,
Nos campos da memória,
E o Brasil aguardava,
O seu capítulo de glória.
Pois a Copa que não houve,
Se tornou parte da história.


Os dias foram difíceis,
Mas o esporte sobreviveu,
E o Brasil, mesmo longe,
Seu talento protegeu.
Quando a paz retornasse,
Nos gramados renasceu.


A Copa que não chegou,
Marcou um tempo cruel,
Mas o Brasil não esqueceu,
Do futebol, o seu céu.
E quando a guerra parou,
Voltou a brilhar o véu.


Os anos quarenta seguiram,
Com a dor e o sofrimento,
Mas o futebol brasileiro,
Guardou o seu talento.
E quando o mundo sorriu,
Voltou com seu encantamento.


Assim a história se faz,
Nos tempos de dor e paz,
O futebol brasileiro,
Mesmo em guerra, é capaz.
De guardar no coração,
O sonho que sempre traz.


O Brasil não desistiu,
De sonhar e de vencer,
Mesmo sem Copa no campo,
Continuou a crescer.
E quando a guerra passou,
Voltou a bola a correr.


Essa é a história contada,
Do Brasil que esperou,
Pela paz no gramado,
E o futuro que chegou.
A Copa de 42,
Mesmo ausente, marcou.

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