A semente (Marcos 4:26-29)

No sertão de minha infância,
Ouvi um caso narrado,
Que fala de um grande reino,
Por Deus sempre abençoado.
Uma lição tão simples,
Mas com sentido sagrado.

Dizia um sábio senhor,
De fala mansa e macia,
Que o Reino de Deus é assim,
Como o que eu lhes contaria.
Tal como homem que lança
Semente na terra fria.

Com fé e dedicação,
O lavrador semeava.
E à noite ele dormia,
De manhã ele acordava.
A semente ia crescendo,
Sem que ele imaginava.

A terra tinha seu jeito,
De fazer a planta brotar.
Primeiro surgia a erva,
Depois vinha o espigar.
Por fim, o grão se mostrava,
Pronto para se cortar.

O lavrador entendia,
Que o segredo é confiar.
Na força que a terra tem,
Para o fruto cultivar.
Quando a hora é chegada,
A ceifa tem que começar.

Tal é o Reino de Deus,
Que cresce de modo oculto.
Sem saber como acontece,
Cada passo, cada insulto.
Mas no fim, a colheita,
É certeza e não indulto.

A semente é a palavra,
Que o bom semeador espalha.
Cai em solos diferentes,
Cada qual com sua batalha.
Mas a fé faz germinar,
Mesmo na terra que atrapalha.

Quem dorme e quem se levanta,
Representa a nossa vida.
Nas lutas de cada dia,
Na fé que nunca é perdida.
Deus cuida de cada passo,
Nossa história é assistida.

No mistério da semente,
Vemos a mão do Senhor.
Que trabalha silencioso,
Com carinho e com amor.
E no tempo certo, colhe,
O fruto de seu labor.

A terra por si mesma,
Frutifica, é natural.
Mas sem a mão de Deus,
Nada teria igual.
Pois é Ele quem dá vida,
E sustenta o cabedal.

Primeiro a erva brotando,
Sinal de que há esperança.
Depois a espiga cheia,
Vem trazer a confiança.
E por fim o grão maduro,
Que nos enche de bonança.

Assim é a nossa vida,
Um processo a se seguir.
Cada etapa tem seu tempo,
Cada fase há de vir.
Mas na hora da colheita,
Podemos enfim sorrir.

E a foice que corta o grão,
Simboliza o julgamento.
A colheita é a justiça,
No final de cada evento.
Quem plantou com retidão,
Colherá em bom alento.

No Reino dos Céus é certo,
Que há justiça e há amor.
Cada semente plantada,
Recebe o justo valor.
E quem vive na bondade,
Será sempre vencedor.

A lição que aqui contemplo,
É de fé e esperança.
Que Deus cuida de nós todos,
Desde a nossa infância.
E ao fim, colhemos frutos,
Da divina confiança.

Como o homem que semeia,
Devemos perseverar.
Mesmo sem ver a colheita,
Precisamos confiar.
Pois o Reino está crescendo,
Mesmo sem nos avisar.

Essa história que eu conto,
Faz parte da tradição.
Cordel que vem do sertão,
Trazendo grande lição.
Do Reino que Deus semeia,
Dentro do nosso coração.

A moral dessa parábola,
É de grande inspiração.
Nos ensina a ter paciência,
E a viver com retidão.
Pois no tempo certo, a colheita,
Trará grande redenção.

Assim, caro leitor,
Termino esta narração.
Com a fé no coração,
E uma grande devoção.
Que o Reino de Deus cresça,
Em toda nossa nação.

Pois como a semente brota,
Sem que saibamos como,
O amor de Deus nos toca,
Mesmo no maior assomo.
E um dia a colheita vem,
Para todos que amamos.

Que a fé seja semeada,
Nos corações de cada um.
E que o Reino de Deus,
Cresça forte, sem nenhum.
Pois a colheita é certa,
Para quem planta algum.

A vida é como a semente,
Precisa de cuidado.
Com amor e paciência,
Tudo será alcançado.
E a colheita que virá,
Será fruto do passado.

Por isso, amigo querido,
Semeei com atenção.
Tenha fé e esperança,
Em cada ação.
Pois no Reino de Deus,
Há sempre uma solução.

A semente que é lançada,
Pode parecer pequena.
Mas com o tempo, ela cresce,
E a colheita é amena.
Pois Deus cuida de tudo,
Na primavera e na cena.

E assim termino a história,
Que o velho sábio contou.
Com palavras de sabedoria,
Que a todos encantou.
O Reino de Deus é certo,
Para quem nele acreditou.

Que nossa vida seja,
Como a terra a frutificar.
E que a fé nos guie,
Sempre a semear.
Pois no fim, a colheita,
Será para celebrar.

Então, meu caro leitor,
Plante a semente do amor.
E veja o Reino de Deus,
Crescer com esplendor.
Pois a colheita é certa,
Para o bom semeador.

Ivaldo Fernandes

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