No reino dos céus, pois,
Uma parábola Jesus contou,
Sobre um rei e seus servos,
E um perdão que ele doou.
O rei quis fazer contas,
Com seus servos a tratar,
E um deles devia muito,
Dez mil talentos a pagar.
Sem ter como quitar a dívida,
O servo estava aflito,
Seu senhor ordenou a venda,
Para pagar o compromisso.
O servo então se prostrou,
Pedindo clemência ao rei,
"Senhor, sê generoso,
E eu te pagarei o que devei."
O rei, movido de compaixão,
Lhe perdoou toda a dívida,
Um gesto de amor e perdão,
Que sua alma redimida.
Mas ao sair, aquele servo,
Encontra um conservo seu,
De quem cem dinheiros devia,
E o trata com rancor e breu.
Agarra-o e o sufoca,
Exigindo o pagamento,
Enquanto o outro suplica,
Por um pouco de alento.
Mas o servo, sem piedade,
O lança na prisão,
Até que pague a dívida,
Sem dó, sem compaixão.
Os outros servos, vendo isso,
Ficaram muito abalados,
Foram ao rei e contaram,
Tudo o que havia acontecido.
O rei, então, chamou o servo,
E lhe disse com fervor,
"Servo mau e cruel,
Eu te perdoei, mas foste traidor.
Não deverias também,
Ter compaixão de teu irmão?
Assim como eu tive de ti,
Com amor e devoção?"
Indignado, o rei o entregou,
Aos atormentadores sem dó,
Até que pagasse tudo,
O que a ele devia só.
Assim também vos fará,
Meu Pai celestial, então,
Se não perdoardes de coração,
Cada irmão, cada irmã.
Esta é a lição que Jesus nos dá,
De perdão e amor verdadeiro,
Que no reino dos céus reinará,
Para todo aquele que for sincero.
Perdoar as ofensas alheias,
É uma virtude divina,
Que nos limpa das nossas faltas,
E nos aproxima da luz divina.
Assim como o rei perdoou,
Aquele servo em seu tormento,
Também devemos perdoar,
Com o mesmo amor e alento.
Pois no coração que perdoa,
Há espaço para o amor,
E na alma que compadece,
Há lugar para o Senhor.
Que a parábola nos ensine,
A estender a mão ao outro,
A perdoar sem reservas,
E a viver em paz e júbilo.
Que a compaixão seja nossa guia,
E o perdão seja nossa lei,
Assim caminharemos na vida,
Com fé, amor e verdade.
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